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Carros de luxo sustentáveis: até redes de pesca retiradas do fundo do oceano viram matéria prima


Redes de pesca sendo separadas / imagem: divulgação BMW


A BMW surpreendeu o seu público ao divulgar que irá construir carros sem itens feitos em couro animal, já a partir deste ano, além de também afirmar que usará redes de pesca retiradas dos oceanos em sua linha de produção. Indo na mesma direção que muitas outras grandes indústrias, os fabricantes de veículos têm demonstrado interesse em diminuir as emissões de poluentes e na reciclagem de resíduos plásticos descartados na natureza.

O BMW iX, um dos carros lançados pela marca mais recentemente, tem assentos feitos de garrafas PET e painéis de portas com plástico reciclado. O conceito BMW i Vision Circular dispõe de peças fabricadas em 3D para evitar o desperdício na produção. O SUV é 100% reciclável e tem plásticos, fibras naturais, bioplásticos e tecido vegano reaproveitáveis. Já o interior do BMW i3 tem 25% de matérias-primas renováveis e plásticos reciclados.


Durante uma entrevista concedida à imprensa americana em 2022, Oliver Zipse, CEO da BMW, explicou um pouco de como a empresa tem enxergado essa nova era da sustentabilidade na fabricação de carros: “Devemos reduzir a quantidade de material para fabricá-los, planejando sua reutilização e reciclagem desde o início. Diante do aumento dos preços das matérias-primas, isso não é apenas um imperativo ambiental, mas também comercial”, disse na época.

Contudo, não é de agora que as montadoras se empenham em tornar os seus processos produtivos mais sustentáveis. Há alguns anos as montadoras viram uma necessidade de produzir motores e combustíveis mais eficientes e com menos emissão de carbono, como já sabemos. Porém, a inovação da tecnologia permite que cada vez mais, novos processos venham a surgir, tornando essa "onda verde" algo mais paupável e que gera um "burburinho" positivo para as marcas. A ideia agora, é definitivamente, reduzir o impacto ambiental com uso de materiais biosustentáveis, como o couro vegano, feito de cogumelo e abacaxi, ou mesmo as redes de pesca, já anunciadas pela BMW.

Outras gigantes que têm impressionado pelas inovações sustentáveis são a Tesla e a Audi. O interior “Ultra White” do Tesla Model S Plaid é todo revestido com couro sintético feito de manga, abacaxi e cogumelos, o que tem sido chamado de couro vegano. Já a Audi produz o Q4 e-tron com até 27 componentes feitos em material reciclado. As novas unidades do A3 têm até 89% dos tecidos feitos de garrafas PET e, segundo a montadora alemã, até 2025, ela irá investir 500 milhões de euros, o equivalente a 2,6 bilhões de reais, para atingir a neutralidade nas emissões de poluentes na natureza. Até 2033, a promessa é encerrar toda a produção de carros movidos a combustão.

Já aqui no Brasil, segundo a Abcar - Associação Brasileira de Reciclagem Automotiva - a reciclagem de peças automotivas ainda está "engatinhando". Isso porque o Brasil mais reutiliza peças do que as recicla. Em uma entrevista recente à Auto Esporte, o presidente da associação, Julio Luchesi, disse que o mundo recicla 95% dos carros colididos e em final de ciclo, já no nosso país, estudos apontam que só 1,5% da frota é reciclada. “No Brasil, os carros não vão para o aterro sanitário ou incinerador, pois 98,5% deles têm partes e peças reutilizadas, que servem ao mercado por décadas até o descarte e reciclagem”, disse o executivo à reportagem.

 
 
 

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