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Imprudência do motorista é a principal causa de acidentes automobilísticos no Brasil


Foto: Marcos Santos/USP Imagens

A imprudência é a principal causa do altíssimo número de mortes no trânsito no Brasil e no mundo. As más decisões do motorista no trânsito são extremamente fatais. É o que diz a Organização Mundial da Saúde (OMS), que revela que em geral, cerca de 90% dos acidentes automobilísticos no mundo são causados por falhas humanas, 6% por problemas de infraestrutura das vias e 4% por falha do próprio veículo (falta de manutenção prévia).


No Brasil, são perdidas entre 30 mil e 40 mil vítimas por ano em acidentes de trânsito, segundo o DATASUS, do Ministério da Saúde. Atualmente, nosso país é considerado um dos piores lugares para se dirigir no mundo, além de ser o 3º país em número de mortes no trânsito, ficando atrás somente da Índia e da China, que ocupam a 1ª e a 2ª posição, respectivamente.


Infelizmente, culturalmente falando, o condutor brasileiro é mal formado e mal-educado para ser um condutor prudente. Essa “deseducação” pode ser percebida dentre diversas análises, desde a tendência em desrespeitar leis de trânsito, até mesmo ao perfil mais agressivo do brasileiro ao dirigir, como quando o estado emocional do condutor pode ser um fator desinibidor e transformar situações simples em atitudes perigosas.


O Estudo Naturalístico de Direção Brasileiro, realizado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), e que analisou dados coletados durante dois anos (2019 a 2021) referentes ao perfil comportamental do motorista, revelou que no Brasil, 90% dos acidentes de trânsito são causados por problemas relacionados ao comportamento do motorista.


De acordo com o estudo, o uso do celular ao volante é a principal atitude irresponsável dos motoristas, assim como o “abandono” do uso do cinto de segurança. Por falar nele, um levantamento recente da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo IBGE em 2019, apontou que ainda há muita resistência do brasileiro em relação ao uso do cinto de segurança no banco traseiro de automóveis. Segundo a pesquisa, apenas 54,6% dos brasileiros afirmaram na ocasião que não deixavam de utilizar o dispositivo de segurança em suas viagens como passageiro(a).


Em relação ao uso do celular, o estudo do ONSV ainda apontou que em quase 60% das viagens monitoradas, o motorista utilizou o celular, em média, durante 7% do tempo total de viagem. No Brasil, o uso de celular enquanto dirige é considerado infração gravíssima contra o Código Nacional de Trânsito.


Foi observado que em sua maioria das vezes, nada de urgente desperta a intenção de uso do aparelho, pois na verdade, a maior parte do tempo de uso se dá pelo condutor vendo e rolando a tela, contemplando as redes sociais. O que se torna ainda mais assustador.


Outra observação foi a “facilidade” com a qual o motorista desrespeita regras básicas, como os limites de velocidade. Os radares de excesso de velocidade são um exemplo. Os motoristas monitorados durante o estudo demonstraram uma atitude em comum: após passarem pelos radares nas vias, em que diminuiam a velocidade por medo de multas, os mesmos voltavam a aumentar a velocidade, inclusive atingindo velocidades mais altas do que antes da fiscalização. Segundo o estudo, esse comportamento pode estar associado a sensação de prazer e compensação.


O perfil comportamental mais “agressivo” também pôde ser notado pelos especialistas ao avaliarem o estado emocional dos motoristas em determinadas situações. Foram analisadas cinco tipos de sentimentos que foram invasivos para o comportamento destes motoristas: agressividade causada por estresse, ansiedade, cansaço, medo e tensão.


Vale ressaltar que apesar de serem frutos de pesquisas e dados, as atitudes notadas não representam 100% dos motoristas do nosso país. São dados estatísticos e que representam um perfil generalista. Porém, infelizmente, são dados que só reforçam os números da mortalidade em vias terrestres que o Brasil tem registrado ano após ano. Ainda somos o 3º país que mais mata no trânsito.


A conscientização no trânsito precisa vir de berço, os nossos jovens condutores precisam ser educados para serem prudentes desde antes de iniciarem o processo de habilitação.


A Divena Mobility apoia as diversas iniciativas em prol da educação no trânsito. Por isso, abraçamos a causa do #MaioAmarelo e todas as suas ações voltadas para o bem-estar no trânsito e às políticas de redução de números de vítimas.


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